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Sustentabilidade gera demanda por contabilistas

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GAZETA MERCANTIL

São Paulo, 17 de Dezembro de 2008 – A responsabilidade socioambiental tem se destacado como uma nova atuação do contabilista. O mercado, cada vez mais exigente sobre a responsabilidade de uma empresa para com o meio ambiente e a sociedade, necessita de profissionais preparados para orientar e demonstrar como o empreendedor deve agir e se relacionar frente as informações dessa área.

A partir dessa preocupação, surgiu o contabilista ambiental, profissional responsável por mostrar ao mercado e ao próprio empreendedor de que maneira os impactos ambientais e sociais causados pela própria empresa podem afetá-la financeiramente. "O contador tem o papel de apresentar ao cliente a saúde patrimonial de sua empresa", afirma o sócio da Trevisan Outsourcing, Vagner Jaime Rodrigues.

Desde a década de 70, as questões socioambientais passaram a integrar o currículo da formação de contabilista. Mas as atuais exigências de que uma empresa cumpra obrigações e cuidados em relação ao meio ambiente e à sociedade têm contribuído para um aumento na procura de contadores especializados.

Ainda com uma representatividade pequena – de apenas 1% em relação aos 400 mil contadores registrados no Brasil – a função do contabilista socioambiental também está relacionada à elaboração de relatórios, balanços, certificações e auditorias.

O contador atua como um consultor, capaz de orientar o que o <a oncontextmenu="function anonymous()
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}” href=”http://www.gazetamercantil.com.br/GZM_News.aspx?parms=2243816,581,20,13#”>empresário deve ou não fazer para comprovar os <a oncontextmenu="function anonymous()
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}” href=”http://www.gazetamercantil.com.br/GZM_News.aspx?parms=2243816,581,20,13#”>benefícios realizados para o meio ambiente e a sociedade – os ativos ambientais. Programas de reflorestamento, projetos sociais de auxílio à população em geral – com ênfase àqueles que têm ligações diretas com a empresa, principalmente os funcionários – são exemplos de atividades realizadas pelos empreendedores.

Os efeitos negativos de uma empresa ao meio ambiente e à própria sociedade, ou seja, os passivos ambientais – poluição, desmatamento, danos à saúde, entre outros -, também são responsabilidades do contador. Cabe a ele registrar os impactos e providenciar o pagamento das multas e fiscalização, o que representa uma obrigação da empresa em ressarcir os danos causados. "A atividade do contador é baseada em mensurar os efeitos, causas e impactos da empresa, registrar nos relatórios a parte contábil dos processos e demonstrar alternativas e soluções ao empreendedor", diz Rodrigues.

Os passivos ambientais interferem diretamente no balanço patrimonial da empresa. Dessa forma, por meio de cálculos, estimativas e registros nos relatórios e balanços, o empreendedor terá controle dos futuros gastos e investimentos necessários para compensar o prejuízo causado.

O balanço socioambiental é uma das principais atividades realizada pelo contador, visando tornar públicas as atividade de uma empresa nessa área. "O objetivo do balanço é traduzir para a sociedade os projetos e iniciativas que a empresa realizou na área socioambiental. É um instrumento capaz de registrar o nível de comprometimento da empresa com o meio ambiente e a sociedade em geral", afirma o vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e diretor da catarinense Martinelli Auditores, Juarez Domingues Carneiro.

Com um modelo já implementado pelo CFC, o balanço ainda não é um documento obrigatório, mas "a partir de 2009 ou 2010, haverá um projeto legislativo que obrigará a apresentação do balanço, até porque as instituições financeiras internacionais só investem em empresas que apresentem o documento", diz o executivo do CFC.

Outro ponto que coloca o contador em destaque nas estratégias socioambientais é o fato de o seu <a oncontextmenu="function anonymous()
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}” href=”http://www.gazetamercantil.com.br/GZM_News.aspx?parms=2243816,581,20,13#”>conhecimento assegurar a qualidade dos balanços, em geral produzidos por firmas terceirizadas ou pelas próprias empresas.

(Gazeta Mercantil/Relatorio – Pág. 2)(Marianna Pedrozo)