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Pronampe: dificuldade de acesso tem desmotivado empresas para a nova rodada

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Portal Fenacon

 

 

 

 

Volume disponibilizado para as empresas será de até R$ 25 bilhões em empréstimos

Com um atraso de mais de 50 dias após a aprovação no Congresso, os recursos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) são liberados para as empresas. No entanto, com a dificuldade de acesso nas rodadas passadas, muitos empresários têm hesitado em recorrer ao programa.

Para Samir Nehme, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), é preciso um trabalho amplo de divulgação, coordenado com as instituições financeiras, para que os empresários compreendam que as novas regras do programa trazem mais facilidades, apesar da alta dos juros, que, para ficarem mais atraentes para os bancos, foram de 1,25% ao ano (mais a Selic) , para 6% ao ano (somando a Selic) .

“Com o auge do isolamento e restrições, o Pronampe era a principal esperança para muitas empresas que, apesar de elegíveis, não conseguiram acesso aos recursos. Seja pela quantidade insuficiente ou pela burocracia, muitos ficaram frustrados e é preciso reverter essa desconfiança entre os empresários” relata Nehme.

Para a nova rodada do programa, 20% dos recursos serão destinados ao setor de eventos, como é o caso da agência de eventos e publicidade Pnel. Andrea Vasconcellos, gerente financeira do Grupo, conta que a empresa recorreu ao Pronampe duas vezes, em banco público e privado, e em ambas tentativas, receberam negativas pelo excesso de burocracia.

“Tivemos diversas tratativas com os gerentes e uma série de exigências. O retorno que tivemos foi que quando os valores foram disponibilizados, já tinham muitas empresas na nossa frente para recebê-los. Essa frustração nos fez buscar outras formas de suporte para obter fôlego financeiro e, por isso, estamos analisando se vale a pena tentar novamente”, explica.

Recursos Pronampe

De acordo com o governo, a garantia para os empréstimos será o aporte de R$ 5 bilhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO). Com a multiplicação dos recursos pelos bancos, o volume disponibilizado para as empresas será de até R$ 25 bilhões em empréstimos, com a nova regra de porcentagem de crédito garantida pelo governo, que foi de 80% para 20%.

“Nesse momento, após quase um ano e meio de pandemia, estamos falando de um suporte fundamental para dinamizar a economia, manter empresas e postos de trabalhos abertos e ativos. O aumento dos recursos é louvável, entretanto, é preciso garantir que eles cheguem à ponta. Nós, profissionais da contabilidade, temos orientado os empresários sobre as novas regras e facilidades, mas é primordial que o governo atue junto às instituições financeiras para que o empréstimo seja viabilizado sem entraves”, aponta Samir Nehme.

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