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PF investiga 60 entidades e prende 6 acusados de golpe

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  • MARINA MAGALHÃES

A operação Fariseu, realizada pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Ministério da Previdência Social, está investigando cerca de 60 entidades filantrópicas suspeitas de serem beneficiadas indevidamente pela isenção de contribuição previdenciária. De acordo com as informações divulgadas ontem pela PF no Distrito Federal, seis acusados de fraudar a concessão desses benefícios já foram presos. A operação também expediu 27 mandados de busca e apreensão em cinco Estados do Brasil, entre eles a Paraíba.

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Federal na Paraíba, a lista de entidades investigadas no Estado já está  em posse do órgão, que deve divulgar a relação ainda hoje à imprensa.
Das seis pessoas apreendidas pela Operação Fariseu, três são integrantes do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), acusadas de ajudar na aprovação da renovação do  Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) mediante pagamento de propina. O ex-presidente do Conselho, Carlo Ajur Cardoso Costa,  os conselheiros Márcio José da Silva e Euclides da Silva Machado, os advogados Ricardo Vianna Rocha e Luiz Vicente Dutra e a secretária de Dutra, Andréa Schran, foram detidos nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em Brasília. As investigações vêm sendo realizadas pela Polícia Federal desde 2004, após uma entidade ter levado a denúncia à Superintendência Regional da PF, no Distrito Federal. Contudo, o valor da fraude ainda não foi estimado, mas a PF garantiu, através de nota, que os envolvidos teriam causado “enormes prejuízos aos cofres públicos”.
Além da Paraíba, os mandados de busca e apreensão foram expedidos no Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Distrito Federal e  Rio Grande do Sul, inclusive no escritório e na casa do presidente do CNAS, Sílvio Lung.