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O preocupante aumento nas fraudes bancárias no Brasil

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CONTABILIDADE NA TV

 

 

 

 

 

Acredito que assim como eu, muitos preferem pagar para não ir a uma agência bancária e fazem uso do home banking para resolver suas pendências. Praticamente tudo pode ser feito pela internet hoje em dia, transferências bancárias, pagamentos, consultas de saldos e até empréstimos.

Cerca de 80% dos correntistas já fazem uso destes recursos para poupar tempo, e à medida que o número de acessos pelo site cresce, aumenta também o número de reclamações junto ao Banco Central (BC) sobre a quebra de sigilo e à segurança dos canais de acesso às contas pela web. Entre os anos de 2016 e 2017 constatou-se um aumento de 297%.

Não é novidade que a maior parte das fraudes via internet banking ocorrem por falha humana. Muitas delas recebem mensagens sobre supostas promoções, notícias sensacionalistas ou Fake News, seja por e-mail, Facebook ou WhatsApp, e acabam clicando no link informado. A partir do momento em que ela visita esse site, seu celular ou seu computador pode estar sendo infectado com algum tipo de vírus, que possa vir a roubar informações como as credenciais de acesso ao banco por exemplo.

 

Não custa lembrar alguns cuidados básicos antes de acessar sua conta bancária  

1 -Verifique o endereço do site do banco antes de utilizá-lo

Um dos truques mais usados por criminosos para ter acesso a contas bancárias pela internet é a criação de sites falsos de bancos, mas que se assemelham bastante às páginas verdadeiras (phishing). Os usuários mais desatentos podem fornecer informações sigilosas, como número de conta corrente e senha de acesso.

2 – Cuidado com e-mails falsos em nome do banco

Outro artifício bastante utilizado pelos golpistas é o envio de e-mails falsos (pishing scam) em nome do banco. A mensagem tenta induzir o usuário a clicar em um link ou em um arquivo anexado que possui propriedades maliciosas.

Para isso o texto pode afirmar, por exemplo, que o usuário tem uma dívida pendente ou teve determinada quantia sacada da sua conta recentemente. No susto, a pessoa clica no suposto link ou arquivo que fornece mais detalhes sobre o problema, mas este, na verdade, direciona para um site falso ou instala um malware que captura dados digitados.

3 – Evite utilizar internet banking a partir de computadores públicos

Evite ao máximo utilizar computadores públicos, como os que são disponibilizados em escolas, faculdades, bibliotecas ou lan-houses. A máquina pode conter malwares ou softwares que capturam informações digitadas sem que você perceba. Prefira fazer o acesso apenas em computadores ou dispositivos móveis pessoais.

4 – Proteja o seu computador ou dispositivo móvel

De nada adianta utilizar apenas o seu computador para acessar o internet banking se você não protegê-lo. É simples:

– Instale as atualizações de segurança de seus softwares, especialmente do sistema operacional. Em plataformas como Windows e OS X, esta tarefa pode ser feita automaticamente;

– Utilize sempre as versões mais recentes dos seus navegadores;

– Use softwares de segurança, como antivírus, não esquecendo de mantê-los atualizados;

– Faça download apenas a partir de sites ou lojas de aplicativos conhecidos e tome cuidado com links ou arquivos compartilhados por e-mail, redes sociais ou serviços de mensagens instantâneas (WhatsApp, Facebook Messenger, Hangouts, etc.);

– Cuidado com sites ou anúncios on-line excessivamente vantajosos, como ofertas de produtos com preços muito baixos, banners que avisam que você ganhou um prêmio, páginas que prometem imagens eróticas ou jogos gratuitos e assim por diante. Pode haver malwares ali.

 

5 – Não acesse a sua conta bancária a partir de redes Wi-Fi públicas

Sempre que possível, acessa a sua conta apenas a partir da rede Wi-Fi da sua casa ou de seu plano 3G / 4G. Redes públicas, especialmente abertas (não exigem senhas), podem ter mecanismos que capturam dados dos dispositivos que as acessam.

6 – Use apenas os aplicativos móveis oficiais do banco

É cada vez mais comum acessar internet banking a partir de smartphones e tablets. Para a modalidade móvel, utilize apenas os aplicativos fornecidos ou indicados pelo próprio banco, não esquecendo de mantê-los atualizados.

7 – Monitore sua conta com extratos via e-mail e avisos por SMS

Atualmente, a maioria dos bancos permite que você receba extratos diários ou em outra periodicidade por e-mail, muitas vezes de graça. Esta é uma maneira bastante interessante de acompanhar as movimentações em sua conta e identificar qualquer transação que você desconheça.

Neste sentido, muitos bancos também oferecem alertas por SMS: uma mensagem é enviada ao seu celular tão logo uma transação é realizada em sua conta ou em seu cartão de crédito. Este é um recurso interessante porque permite identificar operações não reconhecidas – como um saque – assim que o procedimento tiver sido efetuado, de forma que você possa entrar em contato com o banco imediatamente para evitar “estragos maiores”.

 

O que fazer após ser vítima de um golpe?

Se mesmo depois de todos esses cuidados você achar que foi vítima de um golpe, não se desespere. O primeiro passo é procurar o banco.

Se você estiver certo de que aquela não é mesmo uma movimentação feita por você, entre em contato imediatamente com o banco para que a instituição tome as devidas providências, como bloquear temporariamente o acesso à conta, cancelar o cartão de débito/crédito ou emitir alertas para outras empresas.

Lembre-se de pedir um número de protocolo para comprovar o seu contato.

É expressamente recomendável que você guarde extratos e outros documentos que comprovem a movimentação indevida e registre um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia mais próxima fornecendo o máximo possível de detalhes às autoridades.

Não existem normas especificas que obriguem os bancos a ressarci-lo ou não. Cada caso é avaliado e estudado levando em conta a conduta do correntista e analisam se ele contribuiu, de alguma forma, direta ou indiretamente, para que a fraude se concretizasse.

No entanto se o banco se negar a ressarcir o correntista alegando que a responsabilidade pelo ocorrido é do usuário, será necessário procurar orientações de entidades de defesa do consumidor ou mesmo a Justiça. Neste ponto, o Boletim de Ocorrência e os comprovantes ajudam bastante.