Micro e pequenas empresas criam 74% das vagas em janeiro
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Agência Sebrae de Notícias
Empreendimentos que empregam até quatro pessoas responderam por 57,1% das 181.419 vagas criadas no mês passado
Xeyla Oliveira
Brasília – As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 74% dos 181.419 novos empregos com registro em carteira criados em janeiro de 2010. O resultado equivale a um crescimento de 0,55% em relação ao estoque de empregos do mês anterior e supera em 27% o recorde de janeiro de 2008.
Segundo análise feita pelo Sebrae, os empreendimentos que empregam até quatro pessoas responderam por 57,1% (103.590) das novas vagas. As empresas que empregam entre 5 e 19 empregados responderam por 2,8% do saldo. O percentual referente às pequenas empresas, que empregam entre 20 e 99 trabalhadores, foi de 14,1%. Já a participação das médias e grandes empresas foi, respectivamente, de 18% e 8% do total.
Os dados são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), publicados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e cujos resultados subsidiam a tomada de decisões para ações governamentais. Ouça a reportagem de rádio.
Para a gerente da unidade de gestão estratégica do Sebrae, Raissa Rossiter, o número líquido de empregos gerados em janeiro é efeito positivo da retomada do crescimento do país. Segundo ela, esse comportamento tem impulsionado empresas de todos os portes. “O retorno da dinâmica nas grandes empresas, por exemplo, desencadeia demanda de bem e serviços para as micro e pequenas”, afirma.
Como exemplo, ela destaca o aumento dos empregos gerados na indústria de transformação (7,8%) pelas microempresas, com até quatro trabalhadores. O dado é tido como novidade no Caged de janeiro, sendo o terceiro setor que mais gerou postos de trabalho por esse segmento.
A construção civil (8,4%), terceiro setor que mais criou empregos entre as microempresas, teve participação mais intensa nos saldos de novos empregos criados pelas grandes empresas. “A construção civil tem se revelado muito forte, devido às políticas habitacionais que estão sendo implementadas no país. Com isso, são geradas demandas tanto para as grandes construtoras como para os pequenos depósitos de material de construção”, ressalta.
Raissa também justifica o saldo positivo na geração de empregos em diferentes setores de atuação das micro e pequenas empresas ao aumento da demanda governamental. “Com a Lei Geral houve aumento significativo nas compras feitas pelo governo às microempresas, principalmente, nos setores do comércio, serviço e construção civil”, disse.
Setores – As micro e pequenas empresas participaram mais efetivamente dos saldos totais de emprego nos setores de serviços (28,8%), indústria de transformação (22%) e construção civil (16,9%), não extinguindo postos de trabalhos nos demais. As microempresas que empregam até quatro trabalhadores participaram significativamente no saldo total dos serviços (21,2%), comércio (15,7%) e indústria de transformação (7,8%), gerando empregos líquidos nos demais.
As microempresas que empregam entre 5 e 19 trabalhadores geraram os principais saldos na indústria de transformação (4%), serviços (3,5%) e construção civil (2,1%) e extinguiu postos líquidos no comércio (-7,0%). Já as pequenas empresas foram as responsáveis pelos principais saldos na indústria de transformação (10,2%), na construção civil (6,3%) e nos serviços (4,0%), extinguindo postos no comércio (-8,0%).
Os empreendimentos de maior porte, entre 100 e 499 trabalhadores e 500 ou mais, participaram mais intensamente nos saldos de emprego dos setores da indústria de transformação, com 9,8% e 6,2%, respectivamente, e da construção civil, com 7,7% e 5,4%, respectivamente, extinguindo postos no comércio, na administração pública e na agricultura.
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