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Mantega quer queda no crédito para controlar inflação

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Fonte: Redação Terra

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira, em Brasília, que, para controlar a pressão inflacionária, "temos que moderar um pouco o crescimento do crédito". Ele declarou que não se trata de uma "restrição" ao crédito, que continuará crescendo, e sim de um menor ritmo de seu crescimento.

"O governo não tem meta para o crédito. O crédito tem crescido no Brasil nos últimos quatro anos, cinco anos a uma taxa em torno de 25% a 30%. Claro que, para combatermos a inflação, temos que moderar um pouco o crescimento do crédito. Não significa diminuir. Significa crescer menos. Em vez de crescer 30%, crescer 25%", comentou Mantega ao participar de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

O governo já aumentou a taxa de juros, elevou a meta do superávit primário em 0,5 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para constituir o Fundo Soberano, além de optar pela adoção de restrições à expansão de crédito ao consumidor com aumento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do compulsório de leasing.

"Essas medidas do BC, que nós fizemos, tudo isso diminui um pouco o crédito. É um pouco. Queremos que a economia brasileira continue crescendo. Podemos perfeitamente controlar essa inflação, estamos controlando, e garantir que o crescimento vai continuar. No passado, quando o Brasil tinha inflação, o governo derrubava a economia, abortava o crescimento, tomava medidas que impediam o investimento", disse.

Mantega também afirmou que a inflação não sairá do controle "de jeito nenhum" e, se necessário, novas medidas de combate poderão ser adotadas.

"A inflação está sob controle, e a economia vai continuar crescendo. A inflação não vai fugir de controle de jeito nenhum. Já tomamos várias medidas, mas, se necessário, tomaremos outras", explicou.