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Mantega adianta que Brasil cresceu mais de 5% em 2007

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Fonte: Reuters News

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou hoje que a economia brasileira cresceu pouco mais de 5% no ano passado, sustentada pela demanda interna e por investimentos.

"O crescimento de 2007 deverá ser em torno de 5,2%, 5,3%. Nós teremos esse resultado na próxima semana, mas nós já sabemos que o crescimento foi acima de 5%", afirmou durante palestra no encontro do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que ocorre no Rio de Janeiro.

Para 2008, Mantega manteve a projeção de crescimento de 5% contida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apesar de sinalizar que a produção industrial terá expansão superior a 6% em 2007. "Preferimos ser mais conservadores na saída (das projeções)," disse.

O ministro comentou ainda que o consumo das famílias teve crescimento próximo a 6% no ano passado. Os dados do Produto Interno Bruto de 2007 só serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quarta-feira.

"O Brasil passa hoje por um de seus melhores momentos. A crise do subprime (originada nos Estados Unidos) não chegou ainda às praias de Copacabana", destacou o ministro à platéia de banqueiros e executivos de instituições financeiras reunida no tradicional Copacabana Palace.

"A vulnerabilidade externa sempre foi o calcanhar-de-aquiles da economia brasileira e agora, diante dessa crise bastante séria, não estamos sofrendo."

Fundo soberano
Mantega ressaltou o fato de o Brasil ter se tornado credor externo líquido em janeiro e o fluxo robusto de investimentos estrangeiros diretos no início deste ano para exemplificar a firmeza da economia.

Diante desse cenário, o ministro afirmou que o fundo soberano do País "vai sair do papel", mas nao previu uma data. "Em função da crise externa e das turbulências preferimos não dar nenhum passo (até agora)."

Sobre a queda do dólar frente ao real, que chegou a ser cotado no menor patamar desde 1999, Mantega avaliou que se trata de um movimento "natural" com a proximidade do grau de investimento e os fundamentos mais sólidos da economia brasileira.