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João Pessoa tem o quarto maior aumento acumulado da cesta básica em 2008

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João Pessoa, com 20,17%, registrou entre as capitais brasileiras o quarto maior aumento acumulado (até maio) da cesta básica este ano. Em compensação, ficou em terceiro entre as menores variações no mês de maio, isoladamente. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Com a variação de maio, o quadro das capitais nas quais foram verificados os maiores custos para a cesta básica mudou. O maior valor foi apurado em Porto Alegre (R$ 236,58), seguido por São Paulo (R$ 233,92) e e Belo Horizonte (R$ 230,55) – em abril, o maior custo foi da capital mineira. Na outra ponta, Salvador (R$ 176,05), Aracaju (R$ 183,40) e João Pessoa (R$ 187,21) registraram os menores valores.

Já com relação aos maiores aumentos acumulados, acima de João Pessoa só Recife (26,52%), Fortaleza (24,28%) e Natal (21,87%). As menores elevações foram verificadas em Goiânia (1,08%), Aracaju (7,15%), Belém (8,63%) e São Paulo (8,99%).

Nos aumentos acumulados em 12 meses, de junho de 2007 a maio último, todas as capitais superaram 20% de alta. Os destaques foram Recife (46,55%), Fortaleza (40,78%) e Natal (40,75%). As menores altas foram apuradas em Porto Alegre (22,64%) e Goiânia (24,22%).

Com base no custo apurado para a cesta mais cara (Porto Alegre), e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo necessário passou a corresponder, em maio, a R$ 1.987,51, o que representa 4,79 vezes o piso em vigor (R$ 415).

Em abril, o mínimo necessário equivalia a R$ 1.918,12, ou seja, 4,62 vezes o piso. Em maio de 2007, a relação entre o mínimo vigente e o necessário era bem menor que o atual, pois o valor de R$ 1.620,64 correspondia a 4,26 vezes o mínimo oficial (R$ 380).

Ainda segundo o Dieese, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das 16 capitais pesquisadas, precisou cumprir, em maio, uma jornada de 111 horas e 08 minutos para adquirir os mesmos bens que no mês anterior demandavam 106 horas e 57 minutos.

Da Redação, com Uol