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Informática melhora processos e amplia ganhos

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A necessidade crescente da utilização de ferramentas de tecnologia nas corporações é uma unanimidade entre os empresários. Não importa o tamanho da empresa, o uso da informática é uma obrigação para manter a competitividade no mercado. A criatividade no desenvolvimento de softwares parece ilimitada. Assim como os ganhos proporcionados pela tecnologia.

O faturamento com a aplicação das múltiplas ferramentas que facilitam a comunicação e o trânsito de informações também parece não ter limites.

Afinal, os sistemas disponíveis facilitam controles, aumentam a confiabilidade da transmissão de dados e agilizam não só a comunicação, como a execução dos processos, nas cadeias de produção e nas de prestação de serviços de apoio. O professor Antonio Carlos Gastaud Maçada, que desenvolve pesquisas e ministra aulas sobre temas relacionados à gestão e investimentos em tecnologia da informação na Escola de Administração da Ufrgs, explica que os ganhos com a adoção de ferramentas tecnológicas são intangíveis.

Os empresários precisam ter em mente que os benefícios não podem ser avaliados por medidas contábeis, pois os resultados não se traduzem imediatamente em retorno financeiro.

Há, segundo Maçada, um lag, ou seja, um período entre a implantação da tecnologia e a percepção dos seus benefícios. É ilusão o empresário achar que o retorno será imediato. "Nos três casos mencionados a seguir – da Ceva Logístics, da Itapemirim e da Klabin – as empresas estão apostando em inovações e diferenciação para ganhar no intangível", afirma Maçada. E os ganhos podem ser de duas formas: ou através da satisfação do cliente, ou diretamente pelas empresas.

A implantação de um sistema de comunicação sem fio por uma empresa de ônibus, como é o projeto desenvolvido pela Itapemirim, pode vir a gerar um movimento de mercado. "Se realmente a tecnologia for implantada, a iniciativa poderá representar um diferencial na hora de o passageiro optar pela companhia de ônibus", afirma Maçada. Já aplicações realizadas pela Ceva Logistics e pela Klabin devem trazer retorno direto para as empresas através da otimização dos processos.

Em qualquer das situações, no entanto, ainda é muito difícil fazer uma avaliação monetária das vantagens. Os casos da Ceva e da Klabin podem ser vistos muito mais sob o aspecto qualitativo. Como as duas empresas utilizam softwares de análise de dados, há uma melhoria na qualidade da informação e, consequentemente, todo o processo fica mais eficiente. Com a inserção de dados automatizada, a agilidade e incidência de erros é menor do que a realizada manualmente. "Havendo menos falhas, os dados têm mais qualidade e isso se refletirá diretamente no retrabalho – que reduzirá drasticamente", destaca Maçada.

Mas para ter um retorno positivo com ferramentas tecnológicas a empresa precisa assumir que está adotando novos padrões, o que requer uma mudança de cultura por parte de funcionários e dirigentes. E para essa mudança é preciso um prazo para adaptação.

"Dependendo da complexidade da tecnologia, se os profissionais não tiverem tempo para aprender a operar, podem acabar deixando de lado a ferramenta por acharem muito difícil", diz Maçada. O professor destaca que alimentar os softwares com os dados corretos é outro fator que leva ao sucesso da implantação tecnológica.