Índice do aluguel sobe mais do que o esperado em outubro
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IGP-M registra alta de 0,98%, pressionado pelo reajuste mais forte dos preços no atacado, segundo a FGV
A taxa acumulada do índice é muito usada para cálculo de reajustes nos preços de contratos de aluguel. Até outubro, o IGP-M acumula elevações de 9,53% no ano e de 12,23% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M desse mês foi do dia 21 de setembro a 20 de outubro.
Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) registrou alta de 1,24% em outubro, ante avanço de apenas 0,04% em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,25%, seguindo a queda de 0,06% no mês passado. Os alimentos voltaram a ser a principal razão para o aumento dos custos no varejo.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou variação positiva de 0,85% , uma leve desaceleração em relação ao ganho de 0,95 por cento em setembro.
Atacado
Os preços dos produtos agrícolas subiram 0,48% em outubro, após registrarem queda de 2,09% em setembro, no âmbito do IGP-M. De acordo com a fundação, ainda no atacado, os preços dos produtos industriais registraram alta de 1,52% esse mês, em comparação com o avanço de 0,84% em setembro.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços das matérias-primas brutas apresentaram alta de 2,09% em outubro, após apresentarem taxa negativa de 1,21% em setembro.
Varejo
Segundo a FGV, o fim da queda de preços, mensurado pela taxa do IPC, de setembro para outubro (de -0,06% para 0,25%) foi influenciada por elevações de preços mais intensas, ou fim de queda de preços, em quatro das sete classes de despesa pesquisadas, no período.
Mas o destaque ficou por conta da movimentação de preços do grupo Alimentação, cujos preços pararam de cair (de -1,04% para 0,13%). Nesta classe de despesa, houve quedas mais fracas e aumentos de preços em hortaliças e legumes (-8,84% para -3,78%), arroz e feijão (-4,34% para 1,87%), carnes bovinas (0,26% para 2,39%) e laticínios (-2,92% para -1,42%).
(com Alessandra Saraiva, da Agência Estado)