Habitação popular: É possível ter a casa própria com R$ 50 por mês. Veja como
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Diário da Paraíba
Comprar a casa própria é um dos maiores sonhos de qualquer pessoa. E ele está acessível por parcelas baixíssimas, a partir de R$ 50 por mês, com a segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida
Esse é o valor mínimo que uma família deve desembolsar mensalmente, durante um prazo de até dez anos, para poder ter um teto para chamar de seu.
Os primeiros contratos do Minha Casa 2, que entrou em vigor em junho, já vêm sendo assinados desde então, segundo dados da Caixa Econômica Federal. A previsão é de que ainda neste ano as construções comecem a sair do papel.
Mas antes que o futuro mutuário saia correndo para já fechar o contrato, vale dizer que esse valor mínimo é o da chamada Faixa 1 de renda. As famílias que ganham até R$ 1.600 por mês podem se cadastrar na prefeitura da cidade onde moram ou nos postos de programas de habitação estaduais para serem beneficiados.
Flavio Prando, vice-presidente de habitação do Secovi-SP (sindicato da habitação), explica que o grande trunfo do programa é oferecer imóveis para essa faixa de salário. Ele diz que, normalmente, os compradores desse grupo são famílias de baixa renda que hoje vivem situação de sub-habitação.
– A Faixa 1 do programa limita a prestação a até R$ 160 por mês. É um público que foi nas prefeituras, se cadastrou, teve a renda qualificada, recebeu atendimento de assistente social e vai ser atendida pelas listas de Cohab, Inocoop e outros [programas do tipo].
…Nesse grupo de mensalidade mínima, o preço do imóvel é um limitador para as opções disponíveis. Isso porque, com a alta dos imóveis, quase já não é possível oferecer, em cidades como São Paulo, casas e apartamentos baratos. Desde janeiro de 2008, o valor de casas e apartamentos na capital paulista mais do que dobrou – aumento de 113,2%, segundo o indicador Fipe-Zap.
O Minha Casa 2 prevê subsídios bem servidos (cerca de 90% do valor total do imóvel), mas só se o preço da casa não passar de R$ 63 mil ou o do apartamento, R$ 65 mil. Os juros do financiamento são zero e cabe às construtoras lançar esses projetos para viabilizar a oferta aos compradores.
Sergio Watanabe, do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo), diz que a valorização imobiliária empurrou esse tipo de produto para a região metropolitana e para o interior.
– No município de SP não tem oferta de imóveis para a Faixa 1. Apesar de a cidade ter o maior déficit habitacional do país, não dá para construir no valor de R$ 63 mil. A escassez de terrenos e o elevado valor do metro quadrado estão inviabilizando as construções.
E o cenário é bastante parecido em outras capitais como Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Como, então, resolver o problema para a baixa renda? Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, afirma que o governo deveria rever os valores mínimos dos imóveis.
– Deviam elevar os limites das faixas de valores dos preços dos imóveis estabelecidos. Mas a Secretaria Nacional de Habitação tem mantido postura negativa e intransigente quanto à necessidade de elevar esses limites.
Do R7