Fator lista as companhias mais beneficiadas pelo IPI menor
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Corretora ressalta, porém, que decisão do governo deve ser vista com cautela, já que medidas anteriores tiveram pouco impacto
Portal EXAME – O governo decidiu estender o prazo de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) menor para carros, eletrodomésticos e material de construção, dando continuidade aos estímulos fiscais para incentivar o mercado interno. Com essa medida, a corretora Fator lista os setores de bens de capital, autopeças e material de construção como os mais favorecidos, já que as vendas de seus produtos são impulsionadas.
A equipe ressalta, porém, que a decisão deve ser vista com cautela, já que medidas anteriores exerceram pouco impacto nas vendas. Fora isso, a retomada dos investimentos em bens de capitais são mais dependentes da perspectiva diante das condições futuras do mercado e da demanda.
No setor de autopeças, a Iochpe e a Randon são apontadas como as companhias mais beneficiadas, com receitas mais correlacionadas com as vendas de caminhões, ajudadas por condições melhores de financiamento. A Marcopolo, por outro lado, não deve ter um avanço tão significativo em função das medidas, porque grande parte de suas receitas provêm do mercado externo.
Para materiais de construção, os analistas esperam que a Eternit tenha um impacto positivo indireto, por não ter tantos produtos atingidos pelo IPI reduzido, enquanto que a Duratex verá as vendas da Deca, segmento que mais cresce na empresa, mais impactadas.
Entre as empresas com foco em bens de capital, a Fator destacou a Romi, que têm vendas estritamente ligadas ao PIB (Produto Interno Bruto) industrial e a investimentos em expansão de capacidade. "As medidas provavelmente tornarão a empresa mais competitiva no mercado doméstico, além de possivelmente incentivar empresas a não interromperem projetos de investimentos", avaliou a corretora.
A Confab, por sua vez, não deve perceber mudanças com as medidas, já que foca em projetos de infra-estrutura, como oleodutos. Por outro lado, os analistas destacaram que a WEG, além de ter um impacto positivo em sua cadeia produtiva de bens de capital, será beneficiada com a prorrogação da isenção da taxa sobre itens de linha branca – é a atual líder no segmento de motores para eletrodomésticos.