Empresas têm dificuldades com Sped, diz estudo
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Em sua maioria, as dificuldades referem-se às movimentações incorretas e a inconformidades de dados cadastrais
Diversas companhias brasileiras enfrentam dificuldades para se adequarem as exigências do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A pesquisa desenvolvida pela CIGAM, empresa de software de gestão empresarial (ERP), identificou alguns pontos específicos do programa que têm gerado dúvidas.
“Constatamos que ainda há muitas oportunidades de melhoria em relação a itens da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) como códigos, parametrização, notas de importação, alteração de dados e, no caso do Sped, de documentos e dados retroativos”, informou Luís Rogério Dupont, diretor de desenvolvimento da CIGAM.
O estudou apontou que boa parte das empresas tem problemas no momento de implantar a NF-e por não ter sido informadas a tempo por sua assessoria fiscal, ou até mesmo por deixar para a última hora.
Segundo Dupont, isso acaba acarretando problemas básicos, como a falta do certificado digital, aquisição do certificado errado, questões de melhoria de infraestrutura de TI e ajustes de cadastro de última hora.
Entre as principais dificuldades referentes à NF-e, pode ser destacado:
– cadastramento de itens para eliminar a utilização de códigos ‘brancos’ ou genéricos;
– parametrização correta dos Tipos de Operação e regras fiscais. E, quando é necessária, a nota de importação;
– revisão de cadastros de clientes, fornecedores e transportadoras para complementar e ajustar informações nos campos específicos.
Em relação ao sistema Sped como um todo, um dos problemas de destaque constatado refere-seà alteração de dados retroativos quando há necessidade de entregar Escrituração Fiscal Digital (EFD) de meses anteriores. O Programa Validador (PVA) é outro empecilho, pois não aceita uma nota com informações divergentes, mas a alteração do documento não é legal. Nesse caso, a resposta da Secretaria da Fazenda é que deve ser feita uma nota de correção sem alterar o documento. No entanto, segundo Dupont, isso não resolve o problema da nota já gravada.
“Não há alternativa se não alterar a nota e entregar a EFD com uma informação, enquanto a nota impressa ou NFe estão com dados errados”, afirmou o diretor.
Além disso, há, ainda, o cadastramento de informações no ERP que antes não eram necessárias, como Guias de Recolhimento de Impostos, por exemplo.
Em suma,a maioria das dificuldades referem-se às movimentações incorretas e a inconformidades de dados cadastrais.
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