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Empresas querem modernização da CLT

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GS Notícias

 

 

 

11/07/2015 – Fonte:  Diário do Comércio – MG

A empresa mineira de lacteos Itambe Alimentos e a construtora Direcional Engenharia defendem uma modernizacao da Consolidacao das Leis do Trabalho (CLT) e maior seguranca juridica nas questoes trabalhistas.

“A CLT atual nao esta pronta para as questoes do cotidiano atual, como a maior insercao da mulher no mercado de trabalho, por exemplo”, afirmou a diretora juridica da Direcional, Laura Henriques, no Seminario Trabalhista 2015 promovido pela Camara Americana de Comercio (Amcham-BH) na sexta-feira, no Hotel San Francisco Flat, em Belo Horizonte.

Segundo ela, alem da modernizacao da CLT que e de 1943, e necessaria uma maior seguranca juridica com relacao as questoes trabalhistas. Laura usou o exemplo da lei da terceirizacao, que foi aprovada na Camara do Deputados e aguarda votacao no Senado. “A lei e licita, desde que tratemos com empresas idoneas. O problema e a falta de clareza no processo”, afirmou a diretora juridica.

Minirreforma – O gerente juridico da Itambe Alimentos, Antonio Manuel Neves, defende a aprovacao da lei da terceirizacao para garantir o foco das empresas em seu core business, mas faz criticas com relacao as medidas anunciadas pelo governo na area trabalhista. “O que o governo vem fazendo e minirreforma. Toda a regulamentacao trabalhista precisa ser melhorada e a CLT, atualizada”, avaliou o especialista.

Para o socio diretor do escritorio de advocacia Decio Freire & Associados, Marcello Prado Badaro, a terceirizacao esta sendo tratada com cunho ideologico. “Se nao for aprovada ou vetada, sera a continuacao de debates de ideologias”, ressaltou o advogado.

Poder de barganha – O mercado de trabalho brasileiro completou um ano de quedas na abertura de vagas e o aumento da procura por emprego levou a um aumento da concorrencia na disputa por emprego no Pais, refletindo a diminuicao do poder de barganha do brasileiro na hora de procurar uma ocupacao. Esta e a conclusao de um levantamento mensal feito pela Fundacao Instituto de Pesquisas Economicas (Fipe) com base em dados da Catho, empresa de recrutamento on-line.

O Indice Catho-Fipe de vagas por candidato registrou uma retracao de 27,2% no trimestre ate maio ante igual periodo de 2014, sendo a queda mais intensa em 12 meses desde a crise financeira global de 2008 e 2009.

O indicador e a razao entre as vagas de emprego e o numero de candidatos e serve como um meio de medir a pressao do mercado de trabalho. Esse resultado sinaliza que o poder de barganha do trabalhador, apesar de ter crescido desde 2004, encontra-se em queda acentuada nos ultimos meses”, diz o relatorio publicado conjuntamente pela Fipe e pela Catho.

Apesar da retracao registrada desde o inicio de 2014, o indicador esta em 361 pontos, revelando que ha 3,61 vezes mais vagas abertas por candidato no trimestre ate maio que em janeiro de 2004. A pesquisa revela tambem que, de abril a junho de 2015, o numero de vagas de emprego abertas na economia brasileira caiu 14,1%, na comparacao com igual periodo de 2014.

A retracao permite dimensionar como a perda de folego na criacao de vagas e um dos fatores que contribuem para o recente aumento do desemprego no Pais.

Vacancias – Ja entre marco e maio deste ano, a taxa de novas vacancias recuou 15,4% ante igual periodo de 2014, ao menor nivel da serie historica iniciada em fevereiro de 2012. “Normalmente a taxa de novas vacancias e inversamente correlacionada com a taxa de desemprego, visto que, em um ambiente de baixa geracao de novas vacancias, poucos trabalhadores, que procuram ativamente, devem encontrar empregos”, diz a pesquisa.

O Indice Catho-Fipe de Vagas por Candidato e montado por meio da divisao do Indice Catho-Fipe de Novas Vagas de Emprego por dados da procura por emprego da pesquisa mensal de emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). (AE)