Empresas brasileiras migram para o Paraguai em busca de competitividade
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BEM PARANÁ
Poucas condições de desenvolvimento ao empreendedor, como os altos impostos e até mesmo ao trabalhador, instigam a indústria brasileira a buscar saídas estratégicas: O Paraguai é uma delas. Com a proposta de gerar mais emprego no país, o Paraguai tem se mostrado extremamente atrativo desde a implantação da Lei de Maquila – que prevê isenção de impostos para empresas estrangeiras que produzirem lá e exportarem seus produtos. Com tributação única de 1% ao ano sobre o faturamento, além de alta redução nos custos da energia elétrica e mão de obra e uma taxa de câmbio estabilizada, o país vizinho chama atenção especialmente de empresas sediadas no Paraná com vistas ao mercado internacional.
Planos a abertura de uma unidade de produção no país vizinho
É
o caso da K1 – detentora da IKA, tradicional marca Curitibana de malas.
Já estava nos planos a abertura de uma unidade de produção no país
vizinho, o que está em processo de desenvolvimento desde o início de
2019. Mas, não bastasse firmar parceria com importante cliente da zona
franca Paraguaia, a imponente Cell Shop, a K1 possui desde 2012 um
expressivo aliado: A China. Na última década as empresas devidamente
licenciadas pela K1 começaram a comercializar produtos advindos do
gigante asiático para redução de custos e acabou ganhando destaque em
tecnologia.
High Tech
O acesso facilitado e abrangente à
informação instiga a oportunidade globalizada. Percebendo a imersão do
brasileiro no mundo cada vez mais conectado e com vistas a potencializar
a produção de acessórios de viagem a K1, com ênfase na marca IKA,
vislumbrou o sucesso de um produto de alta tecnologia e flexibilidade.
Além do estilo, aspectos funcionais e ergonômicos e até materiais tornam
a marca diferenciada das demais gerando competitividade entre empresas
que buscam inovação. Surge então a coleção Flex de malas em ABS especial
e de formulação altamente sigilosa que permite absorção de alto impacto
sem danificar o produto. “O empreendedor precisa buscar condições
suficientes para desenvolvimento e até manutenção de sua produção,
vendas e conseqüentemente lucros de sua empresa, o que nosleva à China.
No caso da K1 o ABS flexível é um alto diferencial da marca, o que gera
uma maior resistência do produto – raridade nos tempos atuais”, explica
Leon Knopfholz, diretor de marketing da K1.
Brasil já é um mercado expressivo e ainda tem muito potencial para crescer
Para
Sean Sun, licenciado da marca IKA na China, há uma dualidade na
parceria, ainda que o país oriental seja potência consolidada. “Há anos o
Brasil já é um mercado expressivo e ainda tem muito potencial para
crescer não apenas em aspectos quantitativos, mas também em
características qualitativas e conceituais. Nesse cenário, acho que é um
fator competitivo respeitável trabalhar com uma marca tradicional e
muito conhecida que serve não apenas para obter resultados dentro do
país, mas também funciona como trampolim para outros mercados”.
Europa à vista
A convergência entre Brasil e
China por meio da tecnologia implementada à marca IKA resultou não
apenas em uma vantagem competitiva no Brasil, mas também em acesso ao
mercado Europeu. A coleção Flex foi escolhida para integrar o mix de
produtos da icônica cadeia espanhola de lojas de departamento El Corte
Inglés. Com faturamento médio de mais de 15 bilhões de euros ao ano e 93
mil funcionários, a rede que surgiu em 1910 e possui mais de cem lojas
em toda a Espanha e mais duas unidades em Portugal. “Estamos vivendo uma
era de abundância da globalização e um dos aspectos
positivos disso
é que as empresas podem se ajudar reciprocamente e aumentar sua
produtividade e alcance”, explica Sean em relação as produções da marca
IKA na
China para El Corte Inglés.
As estratégias da marca tenderam para uma evolução significativa
Tendo
em conta todos os aspectos em parceria com a China, Knopfholz vê com
clareza o quanto as estratégias da marca tenderam para uma evolução
significativa: “O que existe hoje é no mínimo uma perspectiva de
crescimento começando por um cliente que é referência a nível mundial.
Já existe prospecção em outros países na Europa Oriental, América do
Sul, Oriente Médio e América Norte, mas o que nos motiva agora é o fato
de sermos paradoxalmente instigados a buscar terrenos mais férteis,
apesar de todo o potencial que o Brasil ainda possui”.
Curtas:
* Registro de ponto por exceção: adotar ou não adotar, eis a questão
Em
2018, a segunda maior causa de ações no TST foi por motivo de horas
extras calculadas de forma incorreta. Como se adequar à lei da Liberdade
Econômica sem prejudicar a empresa e o colaborador? O Controle de Ponto
por Exceção entrou em vigor na última semana, anexada à Lei da
Liberdade Econômica, 13.874, que estabelece garantias para o livre
mercado. O principal objetivo da lei sancionada é a desburocratização
das atividades econômicas do Brasil, além de ser um facilitador para
quem deseja empreender. A nova lei, desobriga o registro de ponto para
empresas com até 20 funcionários. Antes essa liberação era para empresas
até 10. E passa a liberar o uso de ponto por exceção para empresas de
qualquer porte, desde que em decisão conjunta com os colaboradores.
Ambas regras descritas no artigo 74 da lei.
* Do interior do Paraná, instituição referência em EAD é destaque no maior evento de marketing educacional do Brasil. A Educação a Distância (EAD) está em ascensão. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgados na semana passada no Censo do Ensino Superior, pela primeira vez, o número de vagas ofertadas pela EAD superou o número de oportunidades em cursos presenciais. Em 2018, foram 7.170.567 vagas a distância, contra 6.358.534 vagas presenciais. Mas como vencer a concorrência e atrair, cada vez mais, este público? A explicação e os diferencias de uma instituição que matriculou 92 mil alunos em um único processo seletivo foram tema da palestra “BIG Numbers da Unicesumar EAD”, do diretor executivo de Marketing da EAD Unicesumar, Tiago Stachon, no SADEBR – maior evento de marketing educacional do Brasil.
Silvia Valim-[email protected]