Dilma defende Inovar-Auto e prorroga IPI menor até fim do ano
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IG – Economia
"Nós queremos gerar tecnologia, porque o nosso país tem um desafio e chama-se o desafio da produção", disse a presidenta durante a abertura oficial do Salão do Automóvel de SP
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira a prorrogação das alíquotas menores do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis até 31 de dezembro deste ano, ao encerrar seu discurso na cerimônia de abertura do Salão do Automóvel em São Paulo.
O anúncio da extensão do prazo com IPI reduzido sobre automóveis era esperada pela indústria. No início da semana, uma fonte da equipe econômica do governo adiantou à Reuters que a decisão final sobre a medida seria tomada nos próximos dias.
A redução do IPI para veículos foi anunciada em 21 de maio, com validade até o fim de agosto, prazo estendido até 31 de outubro, na primeira prorrogação da medida.
Dilma aproveitou o discurso para uma plateia repleta de representantes da indústria automobilística para fazer uma vigorosa defesa do novo regime automotivo, o Inovar-Auto.
"Nós queremos gerar tecnologia, porque o nosso país tem um desafio e chama-se o desafio da produção, e produzir vai significar para o nosso país ter uma imensa capacidade de inovar", disse a presidenta. "Não é possível que a gente ache que o nossos país não possa gerar conhecimento científico e tecnológico na indústria automobilística."
Dilma fez questão de dizer que o Inovar-Auto não pretende acabar com as importações de veículos –"nós vamos continuar importando, mas o que não vamos fazer é sobretudo importar"– e ressaltou que o mercado brasileiro é atrativo o suficiente para gerar os investimentos necessários para o novo regime automotivo.
"O que fica claro é que nós somos um mercado extremamente atraente, temos que ter consciência disso", afirmou a presidenta. "É um mercado significativo, com uma imensa capacidade de gerar oportunidades para todos, por isso acredito que o Inovar-Auto combina várias coisas."
"Apesar de ser um país com grande capacidade de produção de commodities, tem que ser capaz de agregar valor e de produzir inovação na indústria", acrescentou.
(Reportagem de Eduardo Simões)
* Com Agência Estado