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Dilma: Brasil não quebrou pela 1ª vez na história das crises

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Fonte: Agência Brasil

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, avaliou nesta sexta-feira que, "pela primeira vez na história das crises financeiras internacionais", o Brasil não quebrou.

Segundo ela, no passado, toda a dívida privada interna brasileira e a pública, sobretudo, estava indexada ao câmbio e, quando havia uma crise internacional, o País quebrava.

"Desta vez, o governo não está quebrado, nós temos reserva, não recorremos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), não temos que aceitar nenhum receituário recessivo para enfrentar a crise, não estamos vivendo uma situação limite. Isso não é motivo para a gente cantar em verso e prosa essa situação, mas é motivo para a gente reconhecer que isso é favorável ao Brasil", acrescentou Dilma.

Após participar de entrevistas a emissoras de rádio durante o programa "Bom Dia Ministro", nos estúdios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Dilma destacou que as medidas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, são "preventivas" para enfrentar as restrições ao crédito.

"O crédito secou internacionalmente. Eles (Mantega e Meirelles) tentam e conseguem resolver um problema sério que é a volatilidade cambial. Acho que o Banco Central tem conduzido de forma correta a política monetária e isso é visível", analisou.

De acordo com a ministra, em vez de "sair por aí cortando tudo quanto é investimento em infra-estrutura", o governo optou por manter os investimentos, o que abre caminho para o Brasil enfrentar a crise "de uma forma muito mais robusta e favorável".

"Não que nós não tenhamos uma desaceleração, nós nos esforçamos é para que isso signifique o menor prejuízo possível para o País. A não ser que me expliquem por que vai haver uma recessão no Brasil, isso não existe. Acho que nem a oposição acredita nisso", ponderou a ministra.

Ao comentar ainda a exploração da camada pré-sal, Dilma Rouseff destacou que essa questão se trata de um dos maiores desafios do País e que o governo vai encaminhar o projeto sobre o assunto "com muita calma e com muita tranqüilidade", sem ser "pautado" por nada. "Quando a gente achar que está maduro, sairá", prometeu.