Digitalização permitiu que 65 milhões de atendimentos deixassem de ser presenciais no país
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Governo Federal – Ministério da Economia
Estimativa tem por base a demanda dos 840 serviços online ofertados pelo governo federal desde janeiro do ano passado
Quando se fala da atual digitalização de serviços do governo federal, as palavras podem até, a princípio, soar distantes do cotidiano da população. O cidadão, no entanto, está cada vez mais envolvido pela transformação empreendida no atendimento ao público. Cada vez que retirou uma Carteira Digital de Trabalho, por exemplo – e há 5 milhões de solicitações dela por ano no país –, teve a alternativa de deixar de frequentar os balcões presenciais.
Com todos os 840 serviços digitalizados desde janeiro do ano passado, o governo propiciou que o cidadão deixasse de se deslocar para o equivalente a 65 milhões de atendimentos outrora realizados fisicamente. Isso porque eram serviços que exigiam sua presença em algum órgão público. Hoje, não mais.
O Auxílio Emergencial de R$ 600 é o caso de serviço criado durante a pandemia de coronavírus mais demandado. Dos serviços digitalizados nos últimos 18 meses, estão entre os de utilização mais massiva – além da Carteira de Trabalho – a Carteira Digital de Trânsito e os oferecidos pelo Meu INSS (do Instituto Nacional de Seguro Social). São especialmente acessados nos aplicativos desenvolvidos pelo governo, além do portal gov.br.
“Os serviços transformados ainda antes da pandemia tiveram seu acesso digital duplicado ou mesmo triplicado neste momento e foram fundamentais para os cidadãos”, aponta o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro. “Alguns exemplos são o Abono Salarial, o Seguro Desemprego e a Carteira de Trabalho Digital. Em uma situação crítica como a da pandemia, isso demonstra o quanto estamos no caminho certo ao investir em serviços 100% digitais”, completa ele.
A meta definida pela Estratégia de Governo Digital é chegar à digitalização total até o final de 2022.
Digital descoberto na pandemia
O auxiliar administrativo Robson Almeida Alves Brasil, 36 anos, de Taguatinga, no Distrito Federal, é um dos brasileiros que ainda estava alheio aos serviços digitais antes da pandemia. Ele tinha receio que seus dados pessoais pudessem ser utilizados sem seu consentimento.
Durante o atual período, em que não se desloca mais para o trabalho, buscou orientações, conheceu o portal gov.br e aplicativos do governo, onde podem ser acessados os serviços. Reconhece que desfez tabus e há duas semanas tomou a decisão de baixar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
“Estou descobrindo tudo isso agora e hoje acho, sim, bem mais prático ficar resolvendo o que preciso por meio do digital. Uso cadeira de rodas e não tenho como ficar saindo, abrindo e fechando a cadeira, é muito desgastante. Os aplicativos estão me ajudando mesmo nessa questão”, conta ele. “Eu sempre tive receio, era meio cismado de que roubassem meus dados, fiquei com o pé atrás. Mas vi que é muito tranquilo”.