‘Crédito ainda é insuficiente e caro’, diz Mantega sobre a crise
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estadao.com.br
Ministro avalia, porém, que está havendo evolução nas operações, com recuperação maior para a pessoa física
Renata Veríssimo e Célia Froufe, da Agência Estado
Ele destacou que está havendo uma evolução dessas operações, com recuperação maior do segmento de pessoa física. Ele lembrou que a oferta de crédito teve seu ápice em abril e maio de 2008 e apresentou uma queda forte no último trimestre do ano passado e em janeiro deste ano.
Mantega disse que para a pessoa jurídica, embora haja uma recuperação da oferta, o volume do crédito ainda está aquém do que é necessário. " O crédito está voltando, mas não é suficiente para suprir a necessidade da economia brasileira", disse o ministro.
Ele afirmou que tem notado, nas últimas semanas, uma reação maior no sistema financeiro. "Me parece que há uma competição maior, os bancos públicos estão ofertando mais crédito e reduzindo juros e os bancos privados estão fazendo a mesma coisa", disse o ministro. Segundo ele, está havendo um alongamento dos prazos. Mantega destacou que no financiamento oferecido pelo setor automotivo já há linhas com 60, 70 e até 80 meses. "O que é uma novidade para o período recente", disse Mantega.
Mantega voltou a criticar os spreads "extremamente elevados" no Brasil. "É um problema crônico antigo e que se agravou na crise", disse. O ministro afirmou ainda que no passado, quando houve crises mais leves, a política do governo era pró-cíclica com aumento de juros e redução dos investimentos. "Agora, podemos reduzir juros e aumentar o crédito".
Mantega lembrou a importância da criação do cadastro positivo cujo projeto está tramitando no Congresso, como instrumento capaz de reduzir os juros e a inadimplência.