Brasil será primeiro a utilizar biocombustível na produção de energia no Continente Antártico
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Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
Uma parceria entre a Petrobras e a Vale Soluções em Energia (VSE) vai tornar o Brasil o primeiro país a utilizar biocombustível para produção de energia no Continente Antártico. O etanol, fornecido pela Petrobras, e o motogerador da Vale Soluções já chegaram à Antártica.
Segundo a estatal, os equipamentos, que saíram do Brasil em outubro, estão sendo desembarcados na Estação Antártica Comandante Ferraz, da Marinha, e logo terá início o programa científico. A iniciativa faz parte de um acordo de cooperação firmado entre a Petrobras, a Vale Soluções em Energia (VSE) e a Marinha.
Pelo acordo, a Petrobras fornecerá os 350 mil litros de etanol necessários à operação e, por meio de acompanhamento tecnológico, validará a utilização do etanol em condições de baixa temperatura. “A companhia reforça, com a iniciativa, sua atuação de vanguarda no uso do etanol para a produção de energia elétrica”, diz nota divulgada pela empresa.
O motogerador a etanol é produzido pela empresa VSE – uma sociedade entre a Vale e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que desenvolveu uma tecnologia totalmente nacional para que motores pesados possam gerar energia limpa, usando etanol sem qualquer tipo de aditivo. O sistema inclui um sofisticado equipamento de controle e comando pelainternet.
O projeto é beneficiado pela Lei da Inovação, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que promove e incentiva o desenvolvimento de produtos e processos inovadores voltados para atividades de pesquisa.
De acordo com a nota, após a montagem do equipamento, terá início um programa científico de avaliação para garantir que todos os requisitos de segurança operacional estejam adequados às rigorosas condições impostas pelo clima antártico.
A estação brasileira é operada pela Marinha e foi instalada na Baía do Almirantado, localizada na Ilha Rei George, no verão de 1984. A partir de 1986, passou a ser ocupada anualmente e guarnecida por militares da Marinha e pesquisadores, podendo acomodar 30 deles, além do pessoal de apoio e manutenção. A estação tem laboratórios destinados às ciências biológicas, atmosféricas e químicas.