Brasil é o 4° melhor país para investir, diz a ONU
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Londres – O Brasil é o 4° melhor país do mundo para investir, segundo o Relatório de Investimento Mundial 2005, publicado nesta quarta-feira pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês). Para 85% dos especialistas consultados pelo órgão, a China é o país mais atraente para se investir, seguida por Estados Unidos (55%), Índia (42%) e Brasil (21%).
O relatório da Unctad afirma que “após quatro anos de declínio contínuo, o fluxo de investimento direto internacional para a América Latina e para o Caribe registrou um aumento considerável em 2004”, alcançando um total de US$ 68 bilhões – o que representa 44% a mais do que em 2003. O Brasil e o México foram os maiores receptores de investimentos em 2004, de acordo com a pesquisa, tendo recebido, respectivamente, US$ 18 bilhões e US$ 17 bilhões.
Segundo o estudo, isso se deve “à recuperação econômica na América Latina – após meia década de estagnação – e um crescimento mais forte da economia mundial”. Mas a pesquisa acrescenta que os investimentos na região “ficaram muito abaixo da média registrada na segunda metade da década de 90, quando privatizações em larga escala e aquisições de companhias privadas por empresas internacionais impulsionou um boom de investimento internacional”.
De acordo com o relatório, o investimento destinado aos países em desenvolvimento permaneceu concentrado em cinco “receptores”: China, Hong Kong (que o estudo lista como se fosse um país à parte), Brasil, México e Cingapura, que respondem por um total de 60%. Segundo o estudo, “a procura por commodities, especialmente da China, estimulou investimentos estrangeiros nos setores de mineração na Argentina, Brasil, Chile e Peru, assim como nos segmentos de petróleo e gás na Colômbia, Peru e Trinidad e Tobago.
O aumento da exportação de produtos agrícolas por países da América Latina e do Caribe também viveu “um atípico crescimento em 2004”. O relatório comenta que “as exportações de soja e de carne também atingiram índices recordistas na Argentina e no Brasil graças à demanda da China”.