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84% das operações com Pix são entre pessoas, diz Banco Central

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Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.

FOLHA de PERNAMBUCO

 

 

 

 

Foram cadastradas 116 milhões até terça-feira (15), sendo 95,6% de pessoas físicas

Balanço apresentado pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (16) mostra que 84% das operações no Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, foram feitas entre pessoas. Apenas 6% das transações envolvem empresas ou o governo.

“A adesão por pessoa física é mais fácil, ela só precisa cadastrar uma chave. É importante lembrar que todos estão aptos a realizar um Pix, mesmo sem o cadastro da chave, ela só terá que fornecer seus dados bancários”, explicou o chefe do departamento de competição do BC,  ngelo Duarte.

A autoridade monetária espera que a utilização do sistema por empreendimentos cresça nos próximos meses. “As empresas precisam adequar seus sistemas e muitas preferem não fazer isso no fim do ano, deverão aderir no início do ano que vem”, disse Duarte.

As operações entre pessoas representam 44% do volume financeiro movimentado no Pix. As transações entre empresas são 39%, de empresas para pessoas, 11% e de pessoas para empresas, 6%.

A maior parte dos usuários do novo sistema tem de 20 a 29 anos (36,8%), seguida de 30 a 39 anos (32,8%). A faixa que menos utiliza a ferramenta é abaixo de 19 anos (3,5%) e com mais de 60 (3,8%). Pessoas que têm entre 50 a 59 anos representam 7,3%.

A região Sudeste responde por 49,5% da quantidade de operações dentro do Pix. Em seguida vem o Nordeste, com 22,1%, o Sul (12%), o Centro-Oeste (9,1%) e o Norte (7,3%). Não há dados de operações proporcionais à população de cada região.

Em relação às chaves, foram cadastradas 116 milhões até terça-feira (15), 95,6% de pessoas físicas (110,9 milhões). Apenas 5,1 milhões são de empresas. Uma pessoa pode fazer até 5 chaves por conta-corrente e uma empresa, até 20.

Com isso, o cliente vincula ao número do celular, CPF ou ao endereço de e-mail, por exemplo, às informações pessoais e bancárias dele. Ele pode escolher também uma chave aleatória, que pode ser uma sequência qualquer de números e letras.

Na prática, quem fizer o cadastramento das chaves não vai precisar informar todos os seus dados na hora de transferir dinheiro ou pagar conta pelo Pix, ela precisará apenas falar a chave cadastrada (CPF, e-mail ou número de celular, por exemplo).

De acordo com os dados do BC, 46,4 milhões de pessoas e 3 milhões de empresas cadastraram chave. Ao todo, desde a estreia do sistema, em 16 de novembro, foram movimentados R$ 83,4 bilhões em 92,5 milhões de operações.

O índice de rejeição (operação não completada) no Pix feito com chave é de 0,5% e sem chave é de 9,8%. A taxa em TEDs é de 4% a 5% em média.

“Quando você tem que preencher muitas informações, a chance de errar é maior e a transação pode ser rejeitada. Por isso o índice é baixo quando feito com a chave. Quando isso ocorre, o dinheiro não sai da conta do pagador e não entra na conta do recebedor”, explica o diretor de Organização do Sistema Financeiro, João Manoel Pinho de Mello.

Ao realizar a transação, os bancos enviam os dados do cliente para conferência na autoridade monetária. Quando as informações divergem, por erro de digitação ou falta de padronização, a transação é rejeitada.

Se a operação não é concluída, o dinheiro não sai da conta do pagador. “No Pix o erro é resolvido na hora, diferentemente de TED e DOC, em que é preciso aguardar o estrono”, disse Duarte.