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O contabilista frente aos seus desafios da política economica e a nova realidade social, sem descuidar da lei

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Autor: Airton Gondim Feitosa

O Contabilista é acima de tudo um herói, é o profissional que dá ao Estado condições de averiguação escritural e patrimonial de cada individuo, de cada sociedade Jurídica em sua plenitude, é o elo que existe entre Estado e Contribuinte, deveria, portanto, ter-se mais respeito pela representatividade que este trabalhador tem para com o Estado e com a sociedade.

O Estado deveria ver esses profissionais de maneira mais carinhosa e dar aos mesmos, critérios de melhor avaliação e não como fizeram ao longo dos anos e continuam fazendo e criando leis que macerem e tornem cada vez mais difíceis e perigosas as vidas deste profissional.

Vocês já viram um médico; um odontologo; um engenheiro ou mesmo um advogado ser responsabilizado pelos crimes de seus clientes? Certamente, jamais! No entanto, quando se trata de Contabilistas a história é outra e até se parece com os antigos enredos dos livros de ficção cientifica, ou seja: sempre o culpado é o mordomo. Nas polemicas geradas pela pratica da profissão, sempre o culpado é o Contador.

Vocês já pararam para analisar que o Contador, nada mais faz que lançamentos Contábeis; fiscais e cuidam das mutações patrimoniais, sendo-lhes ainda delegado poderes para cuidar de funções meramente administrativas, como serviço de pessoal e escrituração fiscal. Não cabendo a este, previamente fazer sindicâncias que a lei não lhe permite para saber se alguma documentação é idônea ou não. A caráter, os próprios Conselhos estaduais de Contabilidade deveriam se unir, para em bloco forçar o Conselho Federal de Contabilidade para que pressionasse o Congresso Nacional, com a finalidade que se criasse mecanismos que melhor viabilizasse a profissão e lhes desse o respeito merecido e o lugar de destaque que sempre lhe foi negado.

O que vimos historicamente através dos anais dos muitos Diários, Caixas e bilhões de lançamentos que equiparam-se há anos luz, é que a cada normativa do governo, piora sensivelmente a condição de estabelecer um consenso entre a profissão de Contabilista e as atividades empresariais. Muito embora exista um correlacionamente intimo entre essas atividades, apenas uma é produtiva no sentido lato de exploração comercial e outra presta serviços na aresta fundamentalista da escrituração dos fatos contábeis. Em outras palavras, o empresário faz o cenário, dita a peça e o Contabilista escreve a história, como então, esse profissional poderia ser responsável pela montagem, pelo acontecido de fato se apenas ele descreve o desenrolar de fatos acontecidos, sem nenhuma participação a não ser a de escriturar?

Inexoravelmente os nossos legisladores deveriam solicitar a participação da sociedade produtiva, como forma de colaborar para que essas leis fossem justas e aplicadas em beneficio ou não da sociedade, porém, com o seu aval. Eu já estou cansado de ver tantas arbitrariedades envolvendo contabilistas inocentes, sérios e trabalhadores, só porque em alguma lei ou norma esteja previsto punições.

Autor: Airton Gondim Feitosa
Contato: tributaryagf(arroba)hotmail.com


Consultor Triubutário, Contabilista, Pedagogo, Jornalista e Escritor. Autor dos livros: "Legislação Tributária para Contabilistas", "Polemizando os Tributos" e "Planejamento Tributário, As Fraudes Na Contabilidade e Os Crimes Tributários".