A desordem e inutilidade do sistema tributário brasileiro
Publicado em:
Carla Lidiane Müller
Atualmente a carga tributária no Brasil está em torno de 32 a 33%, e quem observa esses percentuais normalmente os vê com indignação, pois é uma fatia expressiva tanto para as empresas como para os consumidores.
Essa carga tributária é a representação dos impostos pelas esferas federais, estaduais e municipais, com relação ao PIB.
Só que o nosso PIB não reflete a nossa realidade, isso porque o PIB é pouco influenciado pela carga tributária brasileira.
Como os impostos não são vinculados a nenhuma contraprestação estatal, não se vê para onde vai esse dinheiro. Junte isso ao fato de não ser visto muitas melhorias na saúde, educação e demais serviços públicos, e se faz perceber porque é normal esse sentimento de revolta pela maior parte dos brasileiros.
Que a administração pública precisa melhorar não há dúvida, pois se vê muito pouco destes recursos serem aplicados para a melhoria da qualidade de vida da população.
A nossa qualidade de vida é ruim, nosso PIB não mostra sinais de melhora, e isso parece já fazer parte da história do país.
A carga tributária brasileira além de demasiadamente onerosa, é também muito complexa e desordenada.
A distribuição de riqueza e renda é no mínimo desigual, e uma pessoa que auferiu renda de 23.123,91 no ano anterior já tem de contribuir com o imposto de renda, mas se compararmos esse valor de riqueza com o que algumas pessoas de classe mais alta auferem ao ano, aparenta existe uma grande lacuna na distribuição e tributação sobre as rendas.
Isso sem contar que em todos os itens que consumimos, a tributação é bem expressiva, principalmente os impostos ditos “sobre consumo”.
Esses são pontos que nos fazem refletir sobre porque o IDH e IPS do Brasil não são tão elevados quanto o de outros países.
O Brasil sofre com desigualdades sociais, e um destes motivos se dá pelo fato de a carga tributária cobrada nas três esferas ser alta, ineficiente e injusta.
Os próprios estados vivem em guerra uns com os outros para encontrar uma maneira mais lucrativa para seus cofres em relação a arrecadação de tributos.
E a União é quem se beneficia da maior fatia, pois o repasse de IPI, CIDE e IOF para os estados é insuficiente para suas demandas.
No final dessa história toda, é a população quem sofre com essa ineficiência financeira e tributária por parte dos entes tributantes competentes.
Fontes Utilizadas na Pesquisa
www.cartacapital.com.br/
www.contabeis.com.br/
*Carla Lidiane Müller – Bacharel em Ciências contábeis. Cursando MBA em Direito Tributário