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Pelo 3° ano seguido, PB tem pior média salarial do país

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Jornal da Paraíba - Leia e decida

Dados do se Caged se referem à remuneração de novos contratados em 2011.

Com o salário médio de admissão em R$ 689,04, a Paraíba foi unidade da federação com a pior média salarial do país no ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base no Caged. Entre as 152 mil pessoas contratadas em 2011, a variação salarial foi de 3,12% sobre o ano anterior (R$ 668,17). Pelo terceiro ano consecutivo, o estado ocupa a última posição no ranking.

Apesar da variação da média salarial ter ficado na mesma média do país (3,12%), a remuneração média dos paraibanos contratados em 2011 atingiu apenas 75,1% do valor nacional (R$ 916,63). Na comparação com o maior salário médio de admissão do país, pago em São Paulo (R$ 1.053,13), o valor da Paraíba mostra-se ainda mais defasado, correspondendo a apenas 65,4%.

A baixa média salarial registrada no estado, para o economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Renato Silva, está relacionada sobretudo à estrutura ocupacional do mercado de trabalho no estado. “Historicamente, a estrutura ocupacional da Paraíba é mantida basicamente pelos setores de comércio e serviços, que têm salários muito próximos do valor do salário mínimo”, explicou.

A articuladora empresarial do Setor de Captação de Vagas do Sine-PB, Rita Rocha, comentou que se surpreendeu com os resultados apresentados pelo MTE. “Pela experiência que tive ao longo de vários anos em empresas do setor de comércio, a Paraíba tinha salários bem maiores que outros estados do Nordeste”, comentou, acrescentando, entretanto, que a falta de qualificação tem atrapalhado o preenchimento das vagas oferecidas. “Muitas vezes as vagas sobram”, disse.

Para aumentar a média salarial do Estado, Renato Silva destaca que é preciso investir na geração de empregos em áreas que possuam salários mais altos. “Precisamos de mais investimentos na geração de empregos em áreas de tecnologia, por exemplo, que possuem salários mais altos”.

Com relação aos salários pagos a homens e mulheres na Paraíba, a diferença entre os gêneros aumentou entre 2010 e 2011. Segundo os dados do Ministério do Trabalho, enquanto que em 2010 o salário pagos às mulheres contratadas era R$ 7,04 a menos que o salário dos homens, em 2011 a diferença foi de R$ 13,39.

No país, no recorte por gênero, o salário dos homens ficou na média de R$ 966,80, enquanto o delas (R$ 829,54). Os maiores aumentos do salário de admissão das mulheres ocorreram nos níveis de escolaridade mais baixa, de analfabeto (4,90%) até fundamental completo (2,96%). Os maiores percentuais de aumento entre os homens ocorreram nos níveis 5ª série completa (4,56%) até 5ª série incompleta (4,16%) e no superior completo (4,03%).

Sobre o grau de escolaridade, o maior crescimento do salário médio de admissão foi registrado entre os trabalhadores com 5º ano Completo do Fundamental, com aumento de 4,12%, com salário passando de R$ 736,57, em 2010, para R$ 766,88. A menor alta foi entre os trabalhadores com ensino médio incompleto (1,85%).
Os dados dos salários médios nos demais estados por setores da economia e grau de escolaridade não foram divulgados pelo ministério.

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You know the golden rule, don’t you boy? Those who have the gold make the rules.

⎯ Aladdin

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