Logo Leandro e CIA

Agência diz que eurozona tem 40%

Publicado em:

R7 Notícias

Classificação de crédito de vários países, como França e Itália, foi rebaixada

A agência de medição de risco S&P (Standard & Poor’s) afirmou neste sábado (14) que existe 40% de chance da zona do euro entrar em recessão em 2012.

Como avaliou um porta-voz da S&P em entrevista coletiva por telefone com analistas, o crescimento negativo de países que compartilham a moeda única europeia poderia alcançar 1,5% de média, embora a atividade econômica dá sinais de que pode se reativar no segundo semestre do ano.

S&P decidiu na sexta-feira, após um dia de rumores nos mercados, rebaixar a classificação de crédito da França, Áustria, Itália, Espanha, Portugal, Malta, Eslováquia, Eslovênia e Chipre, todos membros da zona do euro, afetados por "problemas políticos, financeiros e monetários", segundo a agência americana de classificação de risco.

As políticas de resposta da zona do euro à sua crise de dívida foram majoritariamente mal conduzidas e estão aumentando os riscos futuros, disseram analistas da S&P.

Moritz Kramer, diretor de ratings soberanos europeus da S&P,afirmou que "o diagnóstico apropriado teria de dar mais peso aos desequilíbrios crescentes na zona do euro". Ele destacou questões como as divergências de competitividade entre os países refletidas em enormes desequilíbrios nas contas correntes nacionais.

Kramer disse que o núcleo da cúpula da União Europeia "não teria identificado, antecipadamente, os riscos". A Alemanha, exemplificou, tinha um dos maiores déficits orçamentários entre todos os países da zona do euro nos primeiros dez anos de existência da moeda comum, enquanto a Espanha tinha um orçamento em grande parte equilibrado.

Ele observou que, embora o estoque de dívida de países como Espanha e Itália "seja administrável sob circunstâncias normais", as elevadas necessidades de refinanciamento atuais dos dois países tornam isso muito difícil. Somente a Itália, destacou Kramer, tem de refinanciar mais de R$ 294 bilhões (130 bilhões de euros) em dívida entre os meses de fevereiro e abril deste ano. As informações são da Dow Jones.