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Temor sobre impacto desestimula adesão ao IRFS

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Para especialista da Audibra, empresas estão aguardando obrigatoriedade para aderir ao novo padrão contábil

SÃO PAULO – O impacto desconhecido que os resultados financeiros adaptados ao IFRS gerariam ao mercado contribui para a menor adesão ao sistema, facultativa nas informações trimestrais divulgadas pelas companhias abertas em 2010. A opinião é do diretor de Programa de Certificação do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra), Renato Fontes Trisciuzzi.

“As empresas estão com receio de chocar seus acionistas por conta de um sistema que ainda está em implementação”, declarou. “Elas estão esperando para ver se grandes corporações, como Petrobras e os maiores bancos, publicarão os resultados no novo modelo já no primeiro trimestre. E, pelo que tenho notado, mesmo as empresas de grande porte vêm sentindo dificuldades”, complementou.

Com a formatação dos atuais resultados com base no IFRS, muitas empresas poderão sofrer redução do lucro líquido declarado, seguindo seus ramos de atuação.

“Tenho recebido muitas dúvidas dos meus clientes em relação a questões de concessão, derivativos, leasing financeiro – que antes não era contabilizado e agora será adicionado ao imobilizado. Esses fatores podem gerar uma alteração forte na apresentação dos resultados de um exercício, trazendo desconforto para os acionistas, mesmo que, a princípio, a mudança no padrão contábil seja divulgada em nota explicativa”, disse.

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