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Dívida federal cai em setembro, diz Tesouro Nacional

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BRASIL ECONÔMICO

A dívida mobiliária federal interna caiu 1,08% em setembro, para R$ 1,386 trilhão, influenciada por um fator sazonal.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Tesouro Nacional, mostraram também que a participação dos estrangeiros no endividamento atingiu 7,15%, o patamar mais alto da série histórica, iniciada em janeiro de 2006. Em agosto, essa parcela era de 6,36%.

"Isso reflete basicamente a confiança dos investidores estrangeiros nos fundamentos econômicos do país e a retomada da economia brasileira, principalmente se comparada aos demais países do mundo", disse a jornalistas o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Fernando Garrido.

Segundo ele, ainda é cedo para avaliar o impacto da decisão do governo de taxar com IOF os investimentos estrangeiros em renda fixa e variável. Garrido citou que a medida afetará de maneira mais significativa os investimentos de curto prazo.

"Quanto aos investidores de longo prazo, acreditamos que a tendência é de manutenção da elevação gradual da participação desses investidores no total da dívida pública", comentou.

"Como os investidores de longo prazo são uma parcela significativa, a entrada desses investidores continuará a ocorrer de forma a reduzir os custos da dívida pública."

Ele acrescentou que a partir de novembro o Tesouro Nacional terá como medir esse efeito.

Garrido explicou que a queda da dívida mobiliária federal em setembro foi influenciada por um fator sazonal. O Tesouro resgatou R$ 45,05 bilhões, sendo que R$ 39,58 bilhões foram referentes aos vencimentos do mês.

Além disso, acrescentou, a instituição ajustou sua estratégia de forma a evitar os altos prêmios exigidos pelo mercado.

"Em momentos de maior volatilidade do mercado, o Tesouro age de maneira a não alimentar essa volatilidade", destacou, negando que tenha ocorrido uma queda da demanda por títulos.

Em setembro, a parcela da dívida interna atrelada à taxa Selic, incluindo os contratos de swap, recuou para 36,9% do total, ante 38,92% em agosto. A parcela de papéis prefixados, considerados melhores para o gerenciamento da dívida, subiu a 32,67%, frente a 31,26% em agosto.

A participação dos títulos atrelados ao câmbio recuou para 0,74%, ante 0,78% no mês anterior, enquanto a dos papéis atrelados a índices de preços subiu para 28,47%, ante 27,83% em agosto.