Governo quer aprovar nova CPMF até mês que vem
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PORTAL EXAME
Com o discursos de que a saúde precisa de mais recursos devido à epidemia de gripe suína, o governo espera aprovar até o final do mês que vem a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), uma nova versão da extinta Contribuição Provisória obre Movimentação Financeira (CPMF). O novo tributo teria alíquota de 0,1%, incidente sobre as movimentações financeiras.
De saída do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, responsável pela reforma tributária, afirma que, sem mexer nos impostos, o país vai crescer menos. Em entrevista ao Portal EXAME, Appy não esconde sua frustração e culpa a todos que considera responsáveis pelo fiasco da reforma: dos políticos e empresários à imprensa.
A questão tributária não deve ser um dos pilares da campanha de Dilma Rousseff à presidência da República. A candidata do PT deverá vender ao público a ideia de que o Brasil tem tudo para se tornar a quinta maior economia do mundo nas próximas décadas. E que o caminho mais curto até lá passa, necessariamente, por uma nova onda estatizante. O aumento do Estado na economia se daria em três frentes: energia, mineração e telecomunicações.
No setor energético, a plataforma prevê o crescimento da estatal Eletrobrás, através da construção de novas hidrelétricas na Amazônia, em parceria com o setor privado, e também com a exploração do pré-sal pela Petrobrás, sob as rédeas curtas da União. Em mineração, a campanha de Dilma deverá investir na bandeira de que o Estado deve tentar retomar o controle da Vale, privatizada no governo Fernando Henrique Cardoso. Já em telecomunicações, a ideia é transformar o espólio da Telebrás – também privatizada pelo governo tucano – num player importante no segmento da banda larga.