Cresce a oferta de ‘escritórios virtuais’
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estadao.com.br
Mercado é voltado basicamente para microempresas
Paulo Justus
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De olho no público das micro e pequenas empresas, as centrais de negócios anunciam novos produtos e investimentos no Brasil. Também chamadas de flats comerciais, essas empresas fornecem salas comerciais com serviços de limpeza, copa e secretária inclusos – além da opção dos escritórios virtuais, em que a empresa apenas aluga um endereço para correspondência.
A Regus, multinacional inglesa que está há dez anos no Brasil, lançou este ano uma nova unidade em Brasília. Com um investimento total de R$ 2,5 milhões, o empreendimento tem capacidade para 75 salas comerciais. "O foco dessa unidade são as empresas que têm licitação com o governo", afirma Janaina Nascimento, diretora de área da empresa.
Além da nova unidade, a Regus lançou um novo produto no início do ano. Chamado de Campus, essa modalidade de aluguel procura atender ao público dos profissionais liberais e pequenas empresas. Compreende o aluguel de uma estação de trabalho numa sala compartilhada com outras pessoas, a um preço mais baixo. "A partir de R$ 1,2 mil por mês o cliente pode ter acesso a uma estação de trabalho e um pacote de serviços com internet e telefone", diz Janaina Nascimento, diretora de área da empresa.
Outro produto bastante popular entre as pequenas empresas é o escritório virtual. Nessa modalidade, o empresário paga apenas pelo aluguel do endereço postal, do serviço de fax e, se achar necessário, da terceirização da secretária. O valor dos planos varia de R$ 220 a R$ 550 e ainda inclui um pacote de horas de expediente em escritório físico da Regus. "Temos 700 clientes de escritório virtual no Brasil", diz Janaina.
A central de negócios Your Office, sediada em Alphaville, na Grande São Paulo, foi outra que ampliou sua base de escritórios. Lançou no início do ano sua primeira unidade na Avenida Paulista, com capacidade para dez salas comerciais. "Nossos principais clientes são as pequenas empresas, que contribuem com 80% do faturamento", diz Otávio Ventura, diretor da empresa. Ele espera obter um faturamento de R$ 4,2 milhões nesse ano, cerca de 10% maior que em 2008.
O empresário Fabiano Destri Lobo, sócio da produtora de aplicativos para celular Pocket Mídia, optou pelo escritório virtual para economizar. "Não queria me preocupar com fiador nem com a compra da mobília e contratação de secretária. Bastou o dinheiro para começar", diz ele, que há um ano possui um escritório virtual na Regus.
Ele gasta cerca de R$ 500 por mês por um endereço no bairro nobre da Vila Olímpia, na capital paulista, com direito a usar o escritório por um determinado número de horas, além dos serviços de uma secretária bilíngue. Contando o uso de unidades em outros Estados e o aluguel extra de salas de reuniões, o custo mensal chega a R$ 2 mil. Para Lobo, além da economia e flexibilidade, uma vantagem importante do escritório virtual é o endereço de prestígio. "Consigo um endereço de respeito, que está associado a uma imagem de seriedade", afirma.