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Americano pode ter aplicado a maior fraude da história

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Fonte: Redação Terra

O ex-presidente da Nasdaq, índice da Bolsa de Nova York que reúne ações de empresas de tecnologia, Bernard Madoff pode ser o responsável pela maior fraude financeira da história. Outro golpe aplicado neste ano, pelo corretor francês Jerome Kerviel, foi considerado o maior da história e alcançou cerca de US$ 10 bilhões. Até o momento, as perdas provocadas por Madoff estão em, aproximadamente, US$ 50 bilhões.

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Madoff é um veterano na área de administração de investimentos dos Estados Unidos. Ele fundou a firma de investimentos Bernard L. Madoff Investment Securities em 1960, e mantinha também uma empresa de negociação de fundos hedge. Segundo a queixa registrada na corte pelo procurador-geral dos Estados Unidos, o banqueiro teria dito a empregados que a empresa – que administrava cerca de US$ 17 bilhões (aproximadamente R$ 40,8 bilhões) – era uma fraude e estava insolvente há anos, em um prejuízo de US$ 50 bilhões.

Os prejuízos provocados por Madoff atingiram desde grandes instituições financeiras até entidades beneficentes, segundo informações da CNN. O esquema, também conhecido como "pirâmide", consiste em pagar rendimentos a investidores usando o dinheiro aplicado por clientes mais recentes.

Madoff tinha entre seus clientes os bancos BNP Paribas e Santander e investidores particulares, como o principal dono do time de beisebol New York Mets, Fred Wilpon.

O Santander já informou que, através do fundo Optimal Strategic, administra fundos de clientes no valor de 2,33 bilhões de euros ligados a produtos da Madoff. O Santander anunciou que tomará as ações legais que procedam para defender os interesses dos acionistas de seu fundo cujos investimentos eram executados pela Madoff Securities.

Em Boston, a fundação Robert I. Lappin Charitable, que financiava viagens de jovens judeus a Israel, informou em seu site que o dinheiro das operações estavam investidos na empresa de Madoff. O prejuízo já fez com que os funcionários da fundação fossem dispensados.

Um dos senadores mais ricos dos Estados Unidos, Frank Lautenberg de Nova Jersey, tinha os recursos da instituição de caridade da família sendo administrados por Madoff, segundo a CNN. O advogado do senador, Michael Griffinger, ainda não tem certeza das dos valores perdidos.

A CNNconta que a entidade apoiava diversas instituições religiosas, educacionais, sociais e de arte em New Jersey e em algumas outras regiões. Ela contribuía com doações desde US$ 300 mil para a United Jewish Communities até US$ 2 mil a crianças do programa da Hackensack Medical Center.

Madoff foi preso na última quinta-feira, mas, já na sexta foi libertado após pagar uma fiança de US$ 10 milhões (cerca de R$ 24 milhões). Promotores americanos dizem que, se for condenado, ele poderá pegar até 20 anos de prisão, além de pagar uma multa de até US$ 5 milhões.

Casos famosos
O Société Générale, um dos três maiores bancos franceses, divulgou em janeiro deste ano ter perdido 7 bilhões de euros devido a um de seus corretores na então maior fraude da história financeira mundial. De acordo com o presidente-executivo do banco, Daniel Bouton, o corretor Jerome Kerviel não teve ganhos pessoais com a fraude e, provavelmente, iniciou as transações fictícias para esconder perdas.

Nos anos 90, um funcionário do grupo japonês Sumitomo bateu um recorde e fez sua companhia perder 2,6 bilhões de dólares ao realizar transações fraudulentas no mercado do cobre.

Em fevereiro de 1995, um corretor britânico de 28 anos operando em Cingapura, Nick Leeson, causou uma perda de 1,4 bilhão de dólares ao Barings, o mais antigo banco britânico, em razão de "más posições" tomadas sobre os mercados derivados. A instituição foi à bancarrota.

Com informações da AFP e EFE.

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Prejuízos provocados por Madoff atingiram desde grandes instituições financeiras até entidades beneficentes