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Isenção de impostos faz rendimento da poupança encostar em fundos

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G1 o portal de notícias da Globo

Depósitos em poupança bateram recorde neste ano.
As aplicações na poupança estão isentas de IR e IOF.

 O recorde de depósitos na caderneta de poupança alcançado nos 11 primeiros meses do ano mostra que

muitos investidores continuam optando pela segurança e facilidade desse tipo de investimento. E, com a queda nas taxas de juros, cada vez mais a poupança tem se mostrado uma aplicação até mais rentável do que alguns fundos de renda fixa.

Até o começo de dezembro, a poupança acumulava uma rentabilidade de 7,7% no ano, contra cerca de 11% dos fundos de renda fixa e DI, sem considerar a cobrança do Imposto de Renda.

É importante lembrar, no entanto, que as aplicações na poupança estão isentas de IR. Além disso, a CPMF paga na aplicação da caderneta é devolvida no caso dos depósitos com mais de 90 dias.

Já os fundos são tributados com uma alíquota que varia de 22,5% a 15% (a alíquota diminui de acordo com o tempo em que o dinheiro permanecer na aplicação). Há também cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas aplicações por menos de 30 dias.

“Se você tirar os impostos e a taxa de administração dos fundos, a poupança dá praticamente a mesma lucratividade. E ela ainda tem a facilidade da operação e a garantia do fundo garantidor de crédito”, diz o consultor financeiro Marcos Crivelaro, professor da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap).

 

O Fundo Garantidor de Crédito é um seguro para depósitos à vista, poupança e CDBs em caso de quebra da instituição financeira.


 Taxas

Um dos fatores que podem definir a rentabilidade de um fundo de renda fixa em relação à poupança é a cobrança de taxas de administração, que tem comido cada vez mais a rentabilidade dos fundos por causa da queda nas taxas de juros.

Segundo André Oda, professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), as taxas de juros caíram de um patamar de mais de 20% para cerca de 10%. Com isso, uma taxa de 3% ao ano, por exemplo, passou a ter muito mais peso para o investidor.

“Agora que as taxas de juros começaram a cair, os fundo começaram a perder da poupança”, diz Oda.

 

Mas para quem pretende fazer uma aplicação por um prazo mais longo (mais de seis meses, por exemplo), a poupança deixa de ser vantajosa.

“A poupança é um produto bastante procurado pelos brasileiros e continua sendo uma opção para quem vai precisar do dinheiro no curto prazo. Mas no médio prazo, a rentabilidade fica muito abaixo das outras aplicações”, diz o consultor financeiro Cláudio Carvajal, professor da Faculdade Módulo.