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Metade das empresas do país dura apenas oito anos

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Estudo realizado pelo IBGE mostrou que cerca de 51% das unidades criadas, em 1997, nas regiões Nordeste e Sudeste ainda existiam em 2005

Milena Murta

Quase metade das empresas criadas no Brasil sobrevive apenas durante 8 anos. Pelo menos foi o que aconteceu com as 738 mil empresas abertas no país em 1997. Em 2005, oito anos depois, somente 51,6% delas permaneciam em atividade.

Os dados estão num estudo sobre demografia empresarial divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda segundo a pesquisa, do total das empresas criadas em 1997, observou-se que, no primeiro ano de vida, cerca de 20% não sobreviveram e, após dois anos de criação, 27,2% delas já estavam com as portas fechadas.

A análise mostrou também que cerca de 51% das unidades criadas, em 1997, nas regiões Nordeste e Sudeste ainda existiam em 2005. Na região Norte o percentual de sobrevivência foi de 46,5%, na Centro-Oeste foi de 47,8% e no Sul foi o que apresentou maior taxa, 53,8%.

No Espírito Santo, o IBGE divulgou os números referentes a criação e extinção das empresas entre os anos de 2004 e 2005. Foram 15.751 empresas abertas, o que representou uma taxa de entrada no mercado de 16,2%, contra 11.424 que deixaram de funcionar, uma taxa de saída de 11,8%.

De acordo com o estudo, essas taxas de entrada e saída foram as maiores registradas entre os Estados da região Sudeste. Na opinião da economista Angela Morandi, a diferença entre elas, cerca de 4,4%, é positiva.

“Ainda tem muita gente que abre um negócio por aventura, sem ter noção do mercado. E apesar disso temos mais de 4.000 empresas que sobreviveram em um ano, é um bom número” explicou ela.

pequenas empresas. Em 2005, o IBGE contabilizou 114.580 empresas no Espírito Santo, que empregavam um total de 754.757 pessoas. Destas, cerca de 82,4% eram assalariadas, enquanto que 17,6% eram sócios ou proprietários.

Mas o que chamou a atenção dos pesquisadores é que a maioria destas empresas, cerca de 79,3%, empregavam até quatro pessoas, ou seja, eram micro ou pequenas empresas. “A maioria destas empresas são familiares. Um tipo de negócio que continua crescendo muito aqui no estado”, disse a economista Angela Morandi.

Na estrutura social, a pesquisa demonstrou que, em 2005, 46,4% das empresas capixabas eram do setor de comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos.

Em segundo lugar está o setor de atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas, com 13,5% do total no Estado.

Saiba mais

114.580 é o número total de empresas locais que consta no cadastro central de empresas em 2005.

754.757 é a quantidade de pessoas empregadas por essas empresas. Desse total, 82,4% eram assalariados e 17,6% sócios ou proprietários.

46,4% é o percentual dessas empresas presentes nos setores de comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos.

13,5% é o total de empresas que se dedicam aos setores de atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas.

9,2% das empresas integrando o setor de indústrias de transformação.