OceanAir assume vôos da BRA amanhã
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Portal Exame
A empresa de German Efromovich não tem, entretanto, interesse em comprar a BRA
Por Marcelo Onaga
A OceanAir, do empresário German Efromovich, começa a operar a partir de amanhã vôos da BRA, empresa de Humberto Folegatti que suspendeu os vôos na última quarta-feira.
Efromovich, no entanto, afirma que não vai assumir a BRA. "Estamos negociando ampliar nossa malha aérea para ocupar rotas que deixaram de ser atendidas, mas não temos interesse na empresa", diz o empresário.
No sábado a OceanAir usará dois aviões para fazer dois vôos charter (fretados) para o Nordeste levando clientes da PNX, a operadora de turismo de Folegatti. Os pacotes já haviam sido vendidos e os turistas corriam o risco de perder o dinheiro.
Para Folegatti o acordo com a OceanAir representa uma chance de salvar a PNX, que tem 14 hotéis no nordeste do país. Se conseguir honrar os pacotes já vendidos, a operadora pode manter sua capacidade de gerar caixa com a venda de novos pacotes.
Efromovich e Walter Folegatti, sócio e irmão de Humberto, acertam os últimos detalhes para viabilizar a operação. A PNX deve dar parte dos hotéis como garantia para a realização dos vôos.
A OceanAir também deverá assumir os vôos de carreira da BRA a partir de segunda-feira. A empresa estuda uma realocação de suas aeronaves para atender os vôos e já negocia a antecipação da entrega de aviões comprados recentemente.
Um lote de três Fokker 100 que deveria chegar em meados de dezembro pode começar a operar já neste mês. Efromovich também tenta antecipar a chegada de um Boeing 767 para atender rotas internacionais da BRA. Há a possibilidade de se usar os aviões da BRA, mas só depois de uma rigorosa inspeção. A maior parte da frota da companhia de Folegatti estava com problemas de manutenção e não tinha autorização para voar.